O assunto de hoje é uma doença muito comum, que provavelmente você já teve ou conhece alguém próximo que teve. É a famosa pedra nos rins.
Com a rotina corrida dos tempos atuais, muitas vezes nos esquecemos de beber água, o que é fundamental para o bom funcionamento do organismo. Isso acaba acarretando na formação de cristais nos rins que, com o tempo, aumentam de tamanho, formando verdadeiras pedras.
Descubra como evitar isso e o que podemos fazer caso a pedra se forme!
Quais são as estatísticas da pedra nos rins
- Mais de 15% da população mundial apresenta cálculos renais;
- 1 em cada 8 pessoas vai ter pedra no rim em algum momento da vida;
- Homens têm mais de chances de ter cálculo renal do que as mulheres;
- Os casos de pedras nos rins aumentam 30% nos períodos mais quentes do ano;
- 85% dos pacientes conseguem expelir as pedras dos rins naturalmente pela urina;
- Apenas cerca de 20% dos casos necessitam de tratamento medicamentoso ou cirurgia;
- 50% das pessoas que tiveram cálculo renal vão ter outro em 5 anos se não fizerem uma prevenção.
O que é pedra nos rins
Pedra nos rins, conhecida também como cálculo renal ou litíase renal, é uma doença causada pela formação de minerais que se juntam e formam uma pedra dentro dos rins. Essas pedras (ou cálculos) são classificadas dependendo de sua composição e posição no sistema urinário.
As pedras dos rins podem ser compostas por:
- Oxalato de Cálcio;
- Ácido Úrico;
- Estruvita;
- Fosfato de Cálcio.
As classificações dos cálculos renais podem ser:
- Renais: dentro do rim;
- Ureterais: dentro do ureter, que leva a urina do rim até a bexiga;
- Vesicais: dentro da bexiga.
Causas do cálculo renal
A principal causa da formação da pedra no rim é a pouca ingestão de água, que deixa a urina com uma concentração de cristais muito alta.
Outros fatores que influenciam na formação de pedras nos rins:
- Má alimentação;
- Aumento de cálcio;
- Aumento de ácido úrico;
- Diminuição de citrato na urina;
- Infecções urinárias recorrentes (causadas por bactérias que formam as pedras de estruvita);
- Outras doenças que podem interferir nos minerais do sangue e formar os cálculos.
Além disso, há os fatores de risco, que não são causadores, mas aumentam as chances da pedra se formar, como:
- Obesidade;
- Sedentarismo;
- Diabetes;
- Histórico familiar;
- Morar em lugares muito quentes.
Sintomas de pedra nos rins
Quando o cálculo está no rim sem se mexer, costuma não apresentar sintomas, por isso ele pode crescer lá por meses e até anos de forma imperceptível. Caso apareçam sintomas, eles costumam ser:
- Dor crônica na região lombar, de um lado só das costas e que piora com exercícios e líquidos;
- Infecções de urina recorrentes;
- Sangramento na urina.
Quando a pedra se mexe, ela começa a sair do rim e ir para a bexiga através do ureter, causando a cólica renal, cujos sintomas são:
- Dor aguda repentina na região lombar que pode se estender até a região da bexiga;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Febre.
Diagnóstico de cálculo nos rins
Antes de tudo, o médico urologista precisa saber da história e fazer um exame físico apertando a área da lombar, onde ficam os rins. Caso a suspeita seja confirmada, é necessário fazer outros exames, como:
- Raio X simples de abdômen: pode ajudar em casos de grávidas e crianças;
- Ultrassonografia do trato urinário: é mais barato, mas não é tão preciso no diagnóstico;
- Tomografia computadorizada de abdômen: é mais caro, mas é o melhor exame para diagnóstico, por ser mais preciso e conseguir medir a densidade da pedra;
- Urografia excretora: um tipo de radiografia dos rins com contraste que não é mais muito utilizada por não ser tão precisa;
- Exames de sangue e urina: são importantes também para investigar se há alguma infecção ou outros problemas.
Tratamento de pedras nos rins
O tratamento do cálculo renal depende de fatores como:
- Sintomas;
- Quantidade de pedras;
- Tamanho das pedras;
- Localização das pedras;
- Composição das pedras.
Além de tratar a dor da cólica e hidratar o paciente com soro (para ajudar na eliminação da pedra), os médicos vão avaliar a necessidade de reavaliações clínicas ou retirada cirúrgica da pedra, que costumam ter altas taxas de sucesso e poucas complicações. Em casos recorrentes, eles também realizam uma investigação metabólica para identificar algum distúrbio que está causando a formação de pedras, para poder tratá-lo e impedir que mais delas se formem.
Tratamento clínico
Quando o cálculo é menor do que 6 mm de diâmetro, pode ser expelido sem nenhum tratamento específico. Os que são compostos por ácido úrico podem ser dissolvidos quimicamente por medicamentos de via oral. Esse é o tratamento mais utilizado porque a maioria dos casos de pedra nos rins é de pedras pequenas. Nesses casos, plantas diuréticas e que dilatam as vias urinárias podem ajudar a expelir a pedra mais rapidamente e com menos cólicas, por exemplo:
- Abacate - dilata a vias urinárias (ver produto)
- Cavalinha (ver produto)
- Cana do Brejo (ver produto)
- Chapéu de Couro (ver produto)
- Panaceia (ver produto)
- Quebra Pedra (ver produto)
- Cipó Cabeludo (ver produto)
Se a pedra for maior que 6 mm e de uma composição mais dura, é preciso um método intervencionista:
Tratamento intervencionista
Para se tratar pelo método intervencionista, é preciso analisar o tamanho da pedra (se tem mais ou menos de 2 cm) e onde ela está localizada (na pelve renal ou cálices). Veja na imagem ao abaixo.
• Litotripsia extracorpórea por ondas de choque
Esse método é utilizado para fragmentar a pedra em pedacinhos menores e pode ser usado tantos nas pedras menores quanto nas maiores de 2cm.
As taxas de sucesso na fragmentação dependem mais da dureza da pedra:
- Dureza menor que 500 UH: de 80 a 100%
- Dureza entre 500 e 1000 UH: 70%
- Dureza maior que 1000 UH: de 0 a 26%
Em casos de pedras muito grandes e muito duras, é possível que esse método não resolva completamente e que depois o paciente precise fazer outro tipo de procedimento.
• Nefrolitotripsia percutânea
É uma cirurgia realizada com um pequeno corte nas costas, onde é inserido um equipamento chamado nefroscópio, que "espeta" o rim e consegue fragmentar as pedras e sugá-las para fora. Esse processo precisa de uma aplicação de contraste por cateterismo na uretra, para que o cirurgião possa ver as vias dos rins pelo radioscópio.
• Ureteroscopia flexível ou rígida
É um método menos invasivo que insere um aparelho chamado ureteroscópio flexível pela uretra, que atravessa a bexiga e o ureter, chegando até o rim. Na ponta do ureteroscópio é possível introduzir fibras laser (para fragmentar o cálculo) ou uma pinça (para puxar o cálculo para fora). Após a cirurgia, o paciente fica com um cateter no ureter por uns dias para poder cicatrizar.
• Pielolitotomia Laparoscópica
Em casos muito específicos em que nenhum dos procedimentos funciona, é possível fazer uma cirurgia que abre a pelve renal para retirar a pedra manualmente.
Caso o cálculo renal não seja tratado logo, é possível que haja perda da função do rim de forma irreversível. Em situações mais graves, é possível contrair uma infecção urinária, que pode evoluir para uma infecção generalizada através do sangue e oferecer um grande risco à vida do paciente.
Como prevenir pedras nos rins
A primeira coisa a se fazer para prevenir o cálculo renal é ingerir de 2 a 2,5 litros de água por dia. Se não for possível calcular a quantidade de água ingerida, dá para analisar a cor da urina. Se o xixi estiver amarelo, é preciso tomar mais água. Quando a cor da urina estiver quase transparente, é sinal de que a quantidade de água ingerida é o suficiente para evitar a formação de pedras nos rins.
Além disso, há outras coisas simples que você pode fazer para se prevenir:
- Consumir frutas cítricas, in natura ou na forma de sucos (laranja, limão, acerola, etc.);
- Diminuir o consumo de sódio (sal);
- Comer mais verduras, legumes e frutas;
- Evitar comer frutos do mar, pois eles apresentam um alto índice de ácido úrico, favorecendo a formação dos cálculos renais;
- Reduzir o consumo de carne vermelha, porque tem muita proteína;
- Pacientes que têm infecção urinária com frequência devem se prevenir e tratar as infecções o quanto antes.
As plantas usadas no tratamento dos cálculos renais também podem ser usadas para a prevenção.
E aí, achou interessante?
Se tiver mais dúvidas, fale com um fitoterapeuta clicando aqui.
Fontes
https://www.einstein.br/Pages/Doenca.aspx?eid=199
https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/nefrologia-dialise/Paginas/calculo-renal.aspx
https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/nucleo-avancado-urologia/Paginas/calculo-renal.aspx
Calor aumenta risco de pedra nos rins
https://drauziovarella.uol.com.br/nefrologia/calor-aumenta-risco-de-pedra-nos-rins/
Nefrolitotripsia Percutânea para tratamento de cálculos renais
https://blog.handle.com.br/nefrolitotripsia-percutanea-para-tratamento-de-calculos-renais/
Ureteroscopia (rígida e flexível com laser)
http://drbrunomello.com.br/cirurgia/ureteroscopia-rigida-e-flexivel-com-laser/
Pielolitotomia Laparoscópica: Uma abordagem alternativa da Litíase Renal Piélica
https://www.apurologia.pt/acta/2-2009/v02.pdf