Não se queime! Aprenda o que é a Síndrome de Burnout!

Hoje em dia é difícil conhecer alguém que não sofre com estresse no trabalho.

Na maioria das vezes, a competitividade e os estímulos estressantes do trabalho são considerados normais. Mas quando essa carga começa a consumir toda a mente e energia, pode ser que a pessoa esteja perto de ter uma síndrome conhecida como Síndrome de Burnout.

Vamos conhecer mais sobre essa doença?

Síndrome de Burnout em números

No Brasil:

Dentre esses:

No mundo:

Mas o que é a Síndrome de Burnout?

A Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, é um distúrbio emocional caracterizado por exaustão prolongada, estresse extremo e esgotamento físico e mental.

O burnout gera uma perda de motivação profissional que pode evoluir para sentimentos de fracasso e inadequação. Ele faz com que a pessoa pense que sua função não tem importância, que sua dedicação ao trabalho é maior que a satisfação que ele traz e faz com que sair de casa para trabalhar se torne um sacrifício.

Por que esse nome: Burnout?

O termo burnout, em inglês, significa queimar (burn) e fora/ exterior (out). Foi criado para demonstrar o desgaste físico e psicológico da pessoa, como se a queimasse de dentro para fora: "queimar-se por completo".

Burnout se refere a algo que deixou de funcionar por exaustão de energia, como um curto-circuito. Por isso, o termo é associado ao último estágio de esgotamento do estresse e da exaustão profissional.

História do Burnout

1869: O neurologista americano George Miller Beard descreve a neurastenia (esgotamento mental e físico) como exaustão generalizada. Ele culpa a civilização moderna por causá-la.

1936: O britânico Charles Chaplin escreve e atua em Tempos Modernos, um filme clássico sobre a jornada exaustiva de trabalho que criticava o taylorismo-fordismo.

1974: Herbert Freudenberger, um psicólogo clínico germano-americano, faz a primeira descrição científica e cria o termo "Síndrome de Burnout". Ele era voluntário em uma clínica de tratamento de alcoólatras e começou a sentir muita exaustão. Então percebeu que seus colegas de trabalho estavam sentindo o mesmo, e começou a fazer relatos escritos do que observava.

1981: Christina Maslach, uma psicóloga americana, cria um questionário para identificar o grau de estresse ocupacional e faz a primeira pesquisa desenvolvida sobre a síndrome.

1999: O Ministério da Saúde brasileiro inclui o burnout na lista de doenças relacionadas ao trabalho, como um transtorno mental e comportamental. Ele está registrado em um dos manuais de diagnósticos da medicina, o CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde).

Essa síndrome já é comentada e prevista há muito tempo, mas as discussões sobre isso no Brasil se tornaram mais fortes nesses últimos anos.

Em maio deste ano (2019), a OMS (Organização Mundial da Saúde) classificou a doença como síndrome resultante de estresse crônico no trabalho. A definição vai entrar em vigor em 2020 na CID (Classificação Internacional de Doenças), abrindo caminho para mais discussões e estudos.

Como o burnout age no cérebro

O estresse pode afetar diversas áreas do cérebro, mas a principal é o hipocampo, região responsável pela retenção das novas memórias e pela atenção. Ele também compromete o processo natural da massa cinzenta de gerar novos neurônios.

Além disso, o estresse extremo faz o corpo liberar muito cortisol e adrenalina, hormônios que mexem com o coração, interferem no funcionamento do cérebro e podem até debilitar a imunidade.

Sintomas do Burnout

O burnout tem três principais características: exaustão, ceticismo e ineficácia.

Exaustão - o cansaço é tanto que começa a te impedir de tomar decisões e realizar suas tarefas cotidianas. Mesmo com final de semana, feriado ou férias, o esvaziamento físico e mental não passa.

Ceticismo - há uma insensibilidade que aparece porque a pessoa está sem perspectivas. A pessoa se torna incapaz de sentir empatia, pode apresentar confusão e ter reações negativas.

Ineficácia - uma falta de produtividade que, mesmo que a pessoa trabalhe por mais horas, o trabalho não rende. A atenção diminui muito e faz com que a pessoa cometa mais erros. É como se o corpo estivesse no trabalho, mas a mente não.

Junto com essas características, há também diversos sintomas físicos, psicológicos e comportamentais que podem aparecer:

Normalmente esses sintomas começam de forma leve, mas vão piorando com o passar do tempo.

Quando perceber esses sinais, é bom procurar ajuda profissional logo, pois pode ser algo passageiro ou um início de Síndrome de Burnout. Essa soma de mal-estares pode levar a vícios e até mesmo ao suicídio, devido à intensificação de uma possível depressão.

Causas do Burnout

A síndrome revela uma incompatibilidade no relacionamento entre o trabalho e o trabalhador, faltando uma conexão nas esferas de controle, volume de trabalho, pressão, equipe, reconhecimento, valores e justiça. Também pode haver incompatibilidades com relação à estrutura da empresa, carga horária e o modo que os gestores conduzem a equipe, que muitas vezes não favorecem as competências de cada funcionário.

É um estresse ocupacional resultante de situações de trabalho desgastantes que demandam muita competitividade ou responsabilidade. Também pode aparecer quando o profissional é encarregado de tarefas muito difíceis e que a pessoa pode achar que não é capaz de cumprir. Ou também em casos mais específicos de trabalhos que demandam turnos noturnos, muitas horas seguidas de trabalho ou disponibilidade virtual 24 horas do trabalhador.

Isso acontece porque dormir mal contribui para o surgimento ou piora do burnout. E também porque faz com que a pessoa dedique mais tempo ao trabalho, se afastando das atividades de lazer e do convívio familiar e social. Tudo isso influencia na qualidade de vida do profissional e afeta sua saúde.

Problemas de relacionamento com colegas, clientes e chefes, a falta de cooperação entre os colegas de trabalho, a falta de equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal e também a falta de autonomia são grandes fatores que podem desencadear a síndrome.

Fatores de risco que contribuem para o Burnout

A personalidade é um fator decisivo nesse cenário. Fortes candidatos a desenvolver a Síndrome de Burnout são aquelas pessoas conhecidas como workaholics, que dão a vida pelo trabalho como se ele já tivesse virado parte de sua identidade.

As pessoas que têm uma probabilidade maior de desenvolver o transtorno costumam ser:

A Síndrome de Burnout pode ser encontrada em qualquer profissão, mas há trabalhadores que são mais propensos a desenvolver o transtorno, como os que causam impacto direto na vida de outras pessoas, que trabalham longe de casa, que lidam com situações de perigo ou que tem o rendimento avaliado por produtividade.

Confira abaixo as profissões mais atingidas pelo burnout no mundo:

1º lugar:

2º lugar:

3º lugar:

4º lugar:

5º lugar:

Como é feito o diagnóstico de Burnout

Não existem exames físicos para diagnosticar a doença. Para detectar a Síndrome de Burn out, é necessário fazer um exame clínico com um psiquiatra ou psicólogo. O especialista vai analisar os sintomas, a história pessoal, se os problemas são relacionados ao trabalho e se as características da pessoa estão influenciando também. Isso é importante para conseguir diferenciar a síndrome de outras possíveis doenças que têm sintomas parecidos.

Muitas pessoas não buscam ajuda especializada por não saberem ou não conseguirem identificar os sinais. Por isso é importante contar com familiares e amigos próximos para ajudar na identificação dos sintomas.

Para quem não tem plano de saúde, é possível também fazer esse diagnóstico pelo SUS, nos Centros de Atenção Psicossocial, que fazem parte da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).

Tratamento do Burnout

Existem três focos durante o tratamento psicoterápico: a relação com a profissão, os sintomas e o ambiente de trabalho. Sendo assim, o tratamento tem de ser feito com um conjunto de três partes:

1 - Psicoterapia

A Psicoterapia vai ser indicada para abordar a relação do paciente com o trabalho. Pode ser qualquer linha: cognitivo-comportamental, analítica, psicanálise, psicodrama ou Gestalt, etc. Não há uma linha melhor que a outra, pois o importante é o paciente se identificar com ela. Juntos, o paciente e o terapeuta vão traçar planos para o futuro e estratégias para driblar os gatilhos.

O terapeuta pode ainda indicar técnicas de relaxamento ou exercícios de respiração para controlar os sintomas. Uns 10 minutinhos por dia já vão ajudar.

2 - Remédios

O psiquiatra poderá indicar ansiolíticos ou antidepressivos quando os sintomas de ansiedade e depressão forem muito fortes ou frequentes. Caso seja necessário, também podem ser utilizados calmantes que ajudam a dormir, pois a Síndrome de Burnout também pode atrapalhar o sono do paciente.

Não há um tempo padrão de uso de medicamentos, pois cada pessoa vai reagir de uma forma ao tratamento.

Além de medicamentos convencionais, há fitoterápicos e suplementos naturais que podem auxiliar no tratamento, como:

3 - Estilo de vida

Mudar o estilo de vida é essencial, pois não adianta fazer terapia, tomar remédios e depois voltar para a mesma rotina de trabalho que causou a síndrome. Junto à terapia, é precisa melhorar a qualidade de vida:

Praticar mindfulness e investir na espiritualidade também podem ajudar nessa mudança.

No melhor dos casos, o conjunto do tratamento surte efeito em até 3 meses, mas pode demorar mais dependendo de cada paciente.

Dicas para prevenir o Burnout

Assim como no tratamento, é o estilo de vida que vai ajudar na prevenção da Síndrome de Burnout. É fundamental manter o equilíbrio entre trabalho, lazer, família, vida social e atividades físicas. Veja abaixo algumas dicas de como passar bem longe da doença.

Dicas para a vida:

Dicas para o trabalho:

Se identificou? Então não perca tempo e comece já a mudar sua vida e sua saúde. É necessário prestarmos atenção aos sinais que o corpo nos dá.

Qualquer dúvida, fale com um dos nossos Fitoterapeutas clicando aqui. Será um prazer enorme ajudar você!

 

Fontes que usamos neste informativo:

Síndrome de Burnout

https://www.einstein.br/estrutura/check-up/saude-bem-estar/saude-mental/sindrome-burnout

Revista Einstein - Síndrome de Burnout

http://pensament.com.br/pdf/Sindrome_de_Burnout_-_Rev_Eisntein.pdf

Síndrome de Burnout: o que é, quais as causas, sintomas e como tratar

http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/saude-mental/sindrome-de-burnout

Precisamos falar sobre Burnout

https://saude.abril.com.br/especiais/precisamos-falar-sobre-burnout/

Burnout não é o fim

https://www.uol.com.br/vivabem/reportagens-especiais/burnout-e-cada-vez-mais-comum-izabella-camargo-conta-sua-historia/#burnout-nao-e-o-fim

Síndrome de burnout vira doença

https://panoramafarmaceutico.com.br/2019/05/31/o-que-significa-a-mudanca-da-oms-sobre-a-sindrome-de-burnout/

Burnout: saiba tudo sobre a síndrome do esgotamento profissional

https://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/entretenimento/2018/03/21/burnout-saiba-tudo-sobre-a-sindrome-do-esgotamento-profissional.htm

No limite Burnout: mais próximo do setor da saúde do que se imagina

http://www.ismabrasil.com.br/img/estresse105.pdf

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Comentários

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• MARCO ANTONIO CARVALHO NEVES
FUI DIAGNOSTICADO COM ESSA SÍNDROME HA 12 ANOS. DESDE ENTÃO, TOMO PAROXETINA E RIVOTRIL . INFORMO AINDA, QUE TENHO REFLUXO E JÁ FUI OPERADO; MAS, NÃO ADIANTOU NADA. CONTINUO TOMANDO OMEPRAZOL HA 12 LONGOS ANOS.. CONTINUO CHEIO DE PROBLEMAS, E INFELIZMENTE, ACHO QUE ME ACOSTUMEI À ELES.
⇒ Oficina de Ervas: Oi Marco. Se você quiser, entre em contato com nossos fitoterapeutas pelo nosso email farmacia@oficinadeervas.com.br para tentarmos te orientar. Informe também sua idade, sua rotina, sua alimentação e os sintomas que apresenta. Fico no aguardo do seu contato.


• Mariana Pedreira
Parabéns pela qualidade do artigo. Informações robustas e muito bem escrito. Obrigada!!!
⇒ Oficina de Ervas: Olá Mariana. Que bom que você gostou do nosso informativo. Agradeço pelo comentário. Estamos à disposição sempre que precisar.


• CARMEN LUCIA KOLLING OLIVEIRA STUMM
Estou em tratamento por causa do Burnout, e posso dizer que passei dias terríveis por causa dos sintomas...mas agora estou melhorando...quem tem precisa buscar ajuda profissional, porque sozinho a gente não consegue vencer...é muito difícil passar por essa situação.
⇒ Oficina de Ervas: Olá Carmem. Realmente, é necessário buscar ajuda para não aumentar a intensidade, com psicoterapeutas, psiquiatras e terapias complementares, como a fitoterapia. Estamos à disposição.


• Joelma
Boa noite, meu irmão trabalha em algo que exige muito dele, principalmente mental. Queríamos saber o que seria indicado pra sindrone de burnot ( stress, fadiga, desanimo, cansaço mental, inritabilidade, insonia) Aguardo sua indicação
⇒ Oficina de Ervas: Olá Joelma, Dentro da fitoterapia costumamos sugerir um fitoterápico que tenha ação adaptógena (por exemplo Aswaganda) e se for necessário algo para os sintomas da ansiedade ou depressão. É preciso entender o que esta se passando com a pessoa. Para maiores informações entre em contato pelo link https://www.oficinadeervas.com.br/fale-fitoterapeuta/?utm_source=site&utm_medium=link-footer&utm_campaign=link&utm_content=footer


• Ivaldo Raimundo de Arruda
Essa matéria é de excelente qualidade, pretendo revê-la, pois, na atual conjuntura estamos vivendo dias difíceis. Por tudo que foi exposto, deixo aqui o meu muito obrigado. Parabéns.
⇒ Oficina de Ervas: Olá, Ivaldo Agradecemos o seu comentário, ficamos felizes que o nosso informativo foi importante para você. Caso tenha alguma dúvida, clique no link abaixo e fale com nossos fitoterapeutas: https://www.oficinadeervas.com.br/fale-fitoterapeuta Estamos à disposição.


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