Tontura, vertigem, zumbido no ouvido... Muita gente chama todos esses sintomas de labirintite, mas nem sempre é o caso. Então o que fazer? Tem cura? Hora de entender melhor sobre a questão. No informativo deste mês, a Oficina de Ervas vai te ajudar a entender os sintomas, causas e o que fazer para aliviar a labirintite.
Se você já quiser saber qual é o fitoterápico indicado para labirintite, clique aqui!
- 30% da população mundial é afetada por labirintite, segundo a OMS
- A labirintite é mais comum após os 40 anos
- A tontura, principal sintoma da labirintite, não é sinônimo dessa doença
A informação de que a tontura não é sinônimo de labirintite pode ter te pegado de surpresa, já que muita gente até já fala que "deu" labirintite quando sente uma tontura do nada. Mas, apesar de ser um dos sintomas clássicos de labirintite, não é um sintoma específico e pode ser causado apenas por pressão baixa ou doenças variadas.
Vamos entender mais sobre isso!
O que é Labirintite?
Em outros informativos, falamos que a etimologia das palavras já pode dar uma dica importante sobre o que determinada doença atinge. O sufixo "ite" denota inflamação: a labirintite é justamente a inflamação do labirinto, que é um conjunto de estruturas internas do ouvido que estão relacionadas à audição, equilíbrio e noção de posição do corpo. Também pode ser chamado de aparelho ou sistema vestibular.
Para quem não conhece a anatomia do ouvido humano, vai aí uma breve explicação: o ouvido pode ser dividido em três grandes regiões conforme a profundidade no corpo, que são o ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno. O som atravessa esse percurso, vibrando o tímpano e seguindo para o ouvido interno, onde células nervosas originam sinais elétricos e transmitem para o cérebro interpretar.
No ouvido interno, há o Labirinto — que se divide em outras estruturas menores, como os Canais Semicirculares, o Vestíbulo, a Cóclea, entre outras.
E por que é importante explicar um pouquinho de anatomia para entender a labirintite? Porque é nessa estrutura que se detecta a sensação de equilíbrio no corpo humano, inclusive com líquidos que transportam sinais para identificação tanto de audição quanto de equilíbrio e velocidade.
Se esse conjunto de estruturas é impactado de alguma forma, pode sim ocorrer a tontura, a vertigem e até náusea. Mas são todos sintomas inespecíficos que não necessariamente significam uma inflamação no Labirinto. A Labirintite em si tem CID próprio (H83.0) e deve ser avaliada por profissionais da saúde.
Sintomas de Labirintite
Já que Labirintite não é sinônimo de tontura, mas uma inflamação no labirinto, precisamos entender todos os sintomas! Confira abaixo a lista:
- Tontura (sensação de instabilidade, desequilíbrio, queda)
- Vertigem (sensação do ambiente girar ao seu redor)
- Dores nos ouvidos
- Zumbido
- Alterações na audição
- Vômitos
- Dor de cabeça
- Sudorese
- Alterações gastrointestinais
Se você sentiu uma tontura ou vertigem súbita, mantenha a calma e vá até um local seguro para não cair ou se envolver em algum acidente. Durante a crise de labirintite, tente se afastar de estímulos excessivos (luz excessiva, barulho, movimento) e peça ajuda. A Labirintite pode matar apenas se você se envolver em algo arriscado durante uma crise de tontura, por isso não dirija ou opere máquinas enquanto não se sentir melhor.
As crises agudas podem durar vários minutos, mas no geral, os sintomas se estendem por dias.
Caso seja uma ocorrência frequente, busque orientações médicas o mais rápido possível para confirmar o diagnóstico e o andamento do seu tratamento de labirintite. Se você sente tontura mas não tem um diagnóstico ainda, não demore para ir atrás de profissionais da saúde. Talvez sejam questões de pressão (alta ou baixa), glicemia, ansiedade… Ou pode ser a dita Labirintite mesmo.
Causas e fatores de Labirintite
Afinal, o que causa essa inflamação lá na região interna do ouvido? Há processos inflamatórios, infecciosos, questões genéticas, neurológicas e até compressões que podem favorecer a inflamação do labirinto.
Vamos conferir uma lista de fatores de risco da Labirintite:
- Diabetes
- Hipertensão
- Alterações no colesterol
- Otites
- Estresse e ansiedade
- Uso de medicamentos (antibióticos, anti-inflamatórios)
- Uso de substâncias nocivas, como álcool e tabaco
- Idade
- Infecções (virais, bacterianas)
Então se você se pergunta se labirintite abaixa pressão, aumenta pressão ou se dá dor de cabeça, a resposta pode não ser tão simples. Pressão baixa ou alta podem ocasionar tonturas, assim como dor de cabeça. Mas não necessariamente é Labirintite, embora elas possam estar relacionadas em certos quadros — por exemplo, uma inflamação no Labirinto favorecida por quadros agudos de estresse e ansiedade vai caminhar junto com alterações de pressão, enxaquecas e vertigens.
Senti uma tontura! O que pode ser?
Por ser um sintoma inespecífico, pode ser muita coisa além de Labirintite! Veja os exemplos:
- Tontura metabólica (provavelmente alterações de pressão ou glicemia, anemia)
- Enxaqueca
- Desidratação
- Questões psicológicas
- Neurite vestibular
- Hidropsia endolinfática
- Vertigem Postural Paroxística Benigna (VPPB)
- Tontura Posicional Perceptual Persistente (TPPP)
- Síndrome de Meniére
Diagnóstico de Labirintite
Existem vários exames capazes de confirmar o diagnóstico, como tomografias, audiometrias e ressonâncias. Antes disso, na avaliação clínica, os profissionais da saúde vão avaliar outros pontos da sua saúde e histórico médico.
É um diagnóstico um tanto complicado devido ao conjunto de sintomas que são comuns em outros problemas de saúde. Mas não se assuste, pois a Labirintite tem tratamento e tem cura. Basta descobrir melhor a origem dela para direcionar o tratamento adequado — afinal, existe diferença do tratamento de uma Labirintite ocasionada por infecção viral de uma provocada por infecção bacteriana. Depois de passar por um clínico geral, otorrinolaringologistas, otoneurologistas e neurologistas poderão te ajudar de forma mais específica!
O que fazer? Veja o tratamento de Labirintite!
O tratamento convencional de Labirintite vai depender das causas apuradas pelos profissionais da saúde. Em geral, as indicações para tratamento dessa questão são:
- Vasodilatadores
- Anticonvulsivantes e antidepressivos
- Fármacos para atenuar mal-estar e náusea
- Antibióticos (em casos de infecção bacteriana)
Outras questões dos fatores de risco podem ser melhoradas também, como o lado emocional e metabólico. Assim, serão adotadas medidas para que aliviem esses fatores de risco que podem influenciar no surgimento dessa inflamação no labirinto. Nada de tomar remédio sem prescrição, combinado?
Fitoterapia para Labirintite
Ainda bem que existem alternativas naturais para o tratamento de labirintite! Algumas das sugestões melhoram os fatores de risco, então é só conferir a descrição dos fitoterápicos. Chegou a hora de conferir a lista abaixo:
- Ginkgo — Por ter ações vasodilatadoras periféricas, antioxidantes e neuroprotetoras, melhora também a oxigenação no cérebro. Isso ajuda o órgão a ter um funcionamento potencializado, que afeta memória, humor e tolerância ao estresse. É usado para amenizar zumbido no ouvido e o efeito vasodilatador em si também melhora a labirintite, tanto que é o principal fitoterápico indicado para essa questão aqui neste informativo. (ver produto)
- Sete Sangrias — De modo geral, essa planta serve para pressão alta e colesterol alto, que são fatores de risco para a labirintite. Portanto, é possível usá-la como aliada durante seu tratamento. (ver produto)
- Embaúba — Além de ser usada em tratamentos de pressão alta (hipertensão), vem recebendo atenção por ser uma possível opção para ajudar na diabetes, embora necessite de mais estudos nesse aspecto. Seu efeito dilatador traz benefícios para tratar labirintite. (ver produto)
- Óleo de Alho — Os compostos do Alho e Óleo de Alho afetam positivamente a elasticidade dos vasos sanguíneos e a pressão arterial, sendo outra opção atraente de aliado no tratamento de labirintite. (ver produto)
- Melão de São Caetano — É uma opção popular para regular a glicemia e, já que a dibetes é uma questão metabólica que pode afetar a labirintite, serve de aliado para seu tratamento. (ver produto)
- Pata de Vaca — Além de diminuir o açúcar no sangue, a planta também diminui a glicosúria, que é a presença de açúcar na urina. Esses efeitos podem vir da quercetina e do kampferol em sua composição. O raciocínio é o mesmo que do Melão de São Caetano: diabetes e glicemia afetam a labirintite, por isso esse fitoterápico pode ajudar. (ver produto)
- Jambolão — Também auxilia no controle de açúcar no sangue! Há indícios de que essa planta aumenta os níveis de insulina no organismo, ou seja, facilita a quebra de açúcar. Portanto, auxilia no tratamento de labirintites que estejam relacionadas a este fator de risco, a diabetes. (ver produto)
- Lípia — Tem popular efeito calmante. Os constituintes do óleo essencial são responsáveis pelos efeitos sedativos e relaxantes, que podem desencadear uma cascata de efeitos benéficos. Por estar relacionada com estresse e ansiedade, a labirintite pode ser tratada também melhorando o humor. (ver produto)
- Valeriana — Os benefícios da Valeriana estão relacionados aos seus efeitos calmantes, que podem nos ajudar em quadros de ansiedade e problemas de sono, como o sono agitado ou dificuldade para dormir. Assim como foi dito no tópico anterior, isso ajuda no tratamento de labirintites influenciadas por questões emocionais. (ver produto)
- Ginseng coreano — Indicado para combater o cansaço e proporcionar um bem estar no paciente, por isso pode ser aliado no tratamento de labirintite, que tem o estresse como fator de risco. (ver produto)
- Mulungu — É muito utilizado para depressão, ansiedade e estresse, por agir como calmante e tranquilizante. Ele também ajuda no tratamento de doenças que são desencadeadas por nervosismo, por exemplo ansiedade e sintomas da labirintite. (ver produto)
- Unha de Gato — Possui efeitos anti-inflamatórios, aliviando dores musculares e reumáticas; nesse sentido, aliviará inflamações durante seu tratamento de labirintite. Considera-se uma aliada muito positiva caso dores inflamatórias no corpo provoquem muito cansaço e estresse, que influenciam nos sintomas de labirintite também. (ver produto)
- Ipê roxo — É outro fitoterápico cujo foco é sua ação anti-inflamatória, também bem-vinda durante o tratamento de labirintite. Assim como mencionado no tópico anterior, poderá servir muito bem se as dores inflamatórias, além de influenciar na labirintite em si, se tornam fatores de risco por gerar estresse e cansaço. (ver produto)
Esperamos que tenha gostado do informativo! Este conteúdo foi preparado com muito carinho e esperamos que a leitura tenha sido útil para você se cuidar melhor. Não se esqueça de que os fitoterápicos podem te ajudar! Procure o apoio de profissionais da área da saúde para uma avaliação completa e cuide da sua saúde com muito zelo, sabendo que você também pode contar com o auxílio da Oficina de Ervas!
Em caso de dúvidas, você pode falar com nossos fitoterapeutas, clicando aqui.
Referências
https://otoneuro.med.br/8-perguntas-e-respostas-sobre-labirintite/
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/labirintite/
https://bvsms.saude.gov.br/labirintite
https://www.revistanursing.com.br/index.php/revistanursing/announcement/view/81
https://www.pronep.com.br/blog/labirintite-quais-os-sintomas-e-os-cuidados-necessarios
https://jornal.usp.br/atualidades/tontura-nao-e-doenca-e-sintoma-e-acomete-30-da-populacao-mundial/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aparelho_vestibular
https://www.otoliv.com.br/tonturaelabirintite
https://www.ems.com.br/alimentacao-pode-causar-labirintite-blog,156.html
https://telemedicinamorsch.com.br/blog/cid-h83
https://telemedicinamorsch.com.br/blog/cid-h830