A erva doce é uma velha conhecida na culinária por sempre aparecer em receitas de bolo para o café da tarde. O nome científico desta planta é Pimpinella anisum, da família das Apiaceae, e é também conhecida simplesmente por anis. Mas cuidado para não confundir com anis estrelado! Os nomes podem ser semelhantes, mas suas formas são bem diferentes. Ela também pode ser confundida com o funcho, uma vez que as sementes do funcho são parecidas — porém maiores.
A planta é cultivada em diversos países tanto na Europa, incluindo o Mediterrâneo, quanto Oriente Médio, Ásia e América Latina. Apesar de já ter se adaptado ao Brasil, ainda importamos a erva doce de outros países produtores. Sua história é antiga, pois há citações de uso da erva doce em um papiro egípcio — O Papiro de Ebers — mas também aparece na Grécia e em Roma durante a Antiguidade Clássica. Além de utilizada na culinária e na produção de licores, a fragrância da erva doce também é usada em cosméticos, como sabonete.
Erva doce: para que serve
A erva doce tem inúmeros benefícios e você já deve conhecer a sensação de alívio no estômago em chás quentinhos, que até dá sono, não é? Aqui, vamos tratar com mais detalhes sobre as suas qualidades e componentes.
As partes utilizadas são suas sementes, tanto para culinária quanto para a produção de óleos essenciais. No entanto, pode-se também utilizar as folhas da erva doce na cozinha, principalmente para conferir aquele sabor característico da erva-doce, mas com uma intensidade mais suave. Ela tem inúmeros componentes, por exemplo:
- Flavonoides
- Ácidos graxos
- Estragol
- Eugenol trans-anetol
- Açúcares
- Pectina
A erva doce possui muitas ações, como:
- Antioxidante
- Antibacteriano
- Antifúngico
- Antiviral
- Anticonvulsivo
- Antiespasmódico
- Analgésico
- Anti-inflamatório
- Antiulcerogênico
- Laxativo
- Hipoglicêmicos
- Galactagogo
E ela é vendida na forma de chá (as sementinhas) e de tintura (extrato líquido).
E quais são as indicações de uso da erva doce?
Como você acabou de conferir, a erva doce tem muitas ações, por consequência, ela também tem várias indicações de uso. Ressaltamos aqui as principais!
- Dores musculares
- Problemas gastrointestinais
- Eliminação de gases
- Controle da diabetes
- Redução de sintomas da menopausa
- Aumento da produção de leite
- Diminuição de cólicas
E, já que tem efeito antioxidante, retarda o envelhecimento celular e chance de aparecimento de doenças degenerativas. A erva doce também é utilizada no tratamento de diarréia por comunidades mais vulneráveis que não têm acesso pleno à medicina convencional ou saneamento básico de qualidade.
Erva doce: efeitos colaterais e contraindicações
Não existem contraindicações da erva doce ou relatos de reações adversas graves. Ainda assim, recomenda-se que a erva doce não seja consumida em excesso para não desencadear náuseas, vômitos ou quaisquer outras reações alérgicas em pessoas com sensibilidade.
Dosagem usual recomendada
O mais comum é tomar chá para dores no estômago, tanto que o chá de erva doce chega a ser oferecido para aliviar cólicas de bebês. No entanto, não recomenda-se a ingestão de chás para bebês até seis meses de idade, uma vez que ervas podem desencadear reações alérgicas e o sistema imunológico do bebê ainda não é forte o suficiente. Depois dos seis meses de idade, o bebê poderá aproveitar os benefícios do chá de erva doce desde que diluídos e sem adoçar!
Não existem informações suficientes sobre a segurança de se consumir erva doce durante a gravidez, mas o consumo leve em chás e na alimentação prova-se até então seguro. Alerta-se, no entanto, que o consumo concentrado em óleos essenciais deve ser evitado pela possibilidade de relaxamento do útero.
Para adultos, a dosagem usual de tintura de erva doce é de 30 gotas, tomada 3 vezes ao dia. É aconselhável diluir as gotas em um pouco de água morna para que o álcool evapore antes de ingerir.
Erva doce: preço e onde comprar
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Bibliografia
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