A Equinacea é um fitoterápico utilizado para estimular o Sistema Imunológico, em casos de resfriados, gripes, infecções respiratórias e urinárias de repetição. Externamente, na forma de cataplasma ou ungüento, cicatriza feridas e úlceras de pele.
Tem uma aparência espinhosa, o que justifica a origem do seu nome. Echinos é um nome grego para ouriço-do-mar. Suas flores assemelham às margaridas e suas pétalas são arroxeadas.
A Equinacea é originária da América do Norte (Estados Unidos da América e Canadá). É uma planta da família Asteraceae, conhecida popularmente por purpúrea, flor-de-cone, rudbéquia, “echinacea” e “coneflower purple” (francês e inglês).
É a planta imunoestimulante mais pesquisada no mundo. Os índios americanos foram os primeiros a utilizar esta planta, pois tinham conhecimento dos seus poderes medicinais e a usavam para tratar todo tipo de picadas de insetos, na forma de infusão. Tornou-se conhecida por botânicos europeus em 1690.
O sistema imunológico é responsável por nos manter vivos, protegidos e isolados dos milhares de microorganismos que diariamente invadem nossos corpos e nos expõe a todo tipo de doenças. Existem vários fatores na nossa vida diária que podem prejudicar o nosso corpo e o sistema imune, como o estresse da vida moderna, poluição e abuso de drogas. E a mais importante indicação da Equinacea é a ação como imunoestimulante, aumentando a defesa do organismo em pacientes submetidos a quimioterapia e prevenindo infecções e doenças temporárias, como gripes, resfriados, abcessos, bronquite e dor de garganta, entre outros.
A Echinacea atua no sistema imunológico, estimulando a produção das células T, fagócitos, linfócitos, além da atividade (ainda discutida) contra células tumorais. Também inibe a secreção da enzima hialuronidase e seu antibiótico natural - a echinacoside é comparada a penicilina, porém há dúvidas se existe bastante concentração dessa substância para um efeito antibiótico.
Existem 3 tipos comercializados: Echinacea angustifolia, Echinacea purpurea e Echinacea pallida. São ingeridas oralmente na forma de cápsulas, tinturas, extratos fluidos ou xaropes. Se houver precedentes de gastrite, a melhor opção é tomar o chá ou a infusão da Echinacea. É recomendado o seu uso durante 2 meses.
Devido à possível ativação de agressões autoimunes e outras respostas imunes hiper-reativas, o medicamento não deve ser administrado em pacientes com esclerose múltipla, asma, colagenose, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), pacientes fazendo uso de medicamentos imunossupressores, tuberculose e outras desordens autoimunes.
No Brasil, especificamente nas regiões Sudeste e Sul, quando ocorre a mudança de estação nos meses de abril/maio, passamos por mudanças bruscas e variáveis de temperatura e umidade do ar. Saímos de um calor intenso e úmido e entramos num período seco e frio. Com isso, muitas pessoas são acometidas pelos resfriados e gripes, lotando os postos de saúde e prontos socorros. A falta de cuidados como o fortalecimento do organismo, uso de máscaras para evitar a transmissão do vírus, lavagem das mãos, evitar lugares fechados, etc, faz com que a disseminação de um simples vírus de gripe se torne uma epidemia, desgastando o corpo, o trabalho, o convívio social, e gerando gastos que poderiam ser evitados, tanto para a pessoa quanto para a sociedade.
A Echinácea é apenas mais um recurso no combate às gripes e resfriados, tanto preventivo como curativo. Ao meu ver, o mais importante está na educação e na conscientização dos cuidados consigo e com o próximo.
Por: Eliza Tomoe Harada