Manjericão / Alfavaca (Ocimum basilicum)
Eis aqui uma planta difícil de se falar, pois como a menta, este gênero possui muitas espécies, e estas espécies têm muitas variedades, e se cruzam com muita facilidade umas com as outras. E isto se torna muito difícil na hora de identificações. E para piorar a situação, os nomes populares são comuns para plantas diferentes, e em outros casos, são diferentes nomes para a mesma planta.
Só para ter uma idéia, nomes como manjericão, manjerona, alfavaca, alfavaquinha, alfavacão, entre outros, são muito comuns de encontrar neste universo do gênero Ocimum. O nome basilicum vem do grego, basilikós, que significa principesco, daí surgiu o termo erva rainha. Na Grécia, a sua colheita seguia um ritual. Dizem que antes de tocar na planta, a mão direita tinha de ser purificada com folhas de carvalho e a mão esquerda tinha de ser lavada em três fontes diferentes.
A origem do manjericão parece que está bem definida. Foram os hindus os primeiros a cultivar o manjericão, depois foi levado para o Egito e se espalhou juntamente com os povos gregos. Da Grécia o manjericão seguiu de carona juntamente com o Império Romano, e se alastrou por praticamente toda a Europa.
O manjericão é muito rico em princípios ativos, sendo que o óleo é o composto mais importante. Substâncias como metil-cravicol, linalol, cineol, cânfora, eugenol, timol, citral, entre outras, são as encontradas no óleo essencial, e dependendo da presença e da quantidade destas substâncias, será o fator determinante da qualidade e conseqüentemente do preço da planta.
O manjericão possui ação carminativa e digestiva. Pode ser empregado em bochechos para mau hálito e para gargarejo em infecção de garganta. Para resfriados, gripes, fadiga e debilidade geral. Também possui ação galactagoga, ou seja, estimula o aumento da produção de leite. É utilizado juntamente com a belladona, para tratamentos de furúnculos já há muitas décadas, com um sucesso incrível.
Esta talvez seja uma das ervas mais empregadas e mais saborosas a ser utilizada como condimento. Praticamente vai bem em qualquer prato, desde sopas, carnes, molhos, pizzas até patês e bebidas. Talvez seja um dos condimentos que mais caracteriza a culinária italiana. E já que estamos falando em pratos italianos vamos aprender a preparar um delicioso molho Pesto. Pegue um punhado de folhas de manjericão genovês frescas e coloque em um processador ou em um liquidificador. Na Itália é comum amassar as folhas de manjericão em um pilão de mármore, mas como não temos este luxo, usamos um processador mesmo. Coloque também alguns dentes de alho, sal, um punhado de pinholes italianos, que podem ser substituídos por amêndoas ou nozes ou até mesmo por castanha de caju. Depois de tudo bem batido acrescente queijo parmesão ou pecorino ralado. Bata novamente. Quando a sua pasta (qualquer tipo de massa ou macarrão) já estiver cozida al dente coloque em uma frigideira com bastante azeite e coloque uma a duas colheres deste molho pesto. Mexa bem e sirva bem quente acompanhado com um bom vinho tinto seco. Este molho também pode ser servido como um patê, só que ele se oxida muito rapidamente, ficando de coloração escura. Se for fazer para usar mais tarde, cubra-o com um filme de azeite. Não tenha dó de usar azeite no molho pesto. Quanto mais, melhor. Bom apetite.
Ademar Menezes Junior
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Comentários
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• Maia Botas
Erva de qualidade por excelência.
⇒ Oficina de Ervas: Olá, Maia
Realmente é uma planta muito rica.
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