ALIMENTAÇÃO
Dieta mediterrânea pode reduzir risco de diabetes tipo 2
The New York Times 20/01/2014
Mais notícias boas sobre a dieta mediterrânea. Aderir a uma dieta tipo mediterrânea pode ajudar a reduzir o risco de contrair diabetes tipo 2, mesmo quando as pessoas não perdem peso nem aumentam a quantidade de exercícios.
A dieta mediterrânea é rica em azeite de oliva, frutas oleaginosas, peixes, feijão, frutas, legumes, hortaliças, poucos laticínios e consumo moderado de bebidas alcoólicas.
Publicado no periódico Annals of Internal Medicine, o estudo dividiu de forma aleatória 3.541 participantes de 55 a 80 e ambos os sexos em três grupos. Um dos grupos realizou uma dieta mediterrânea com a inclusão de ao menos 59 mililitros de azeite de oliva extravirgem, outro grupo realizou uma dieta mediterrânea que incluía ao menos 28 gramas de frutas oleaginosas variadas ao dia e o grupo de controle foi aconselhado a adotar uma dieta com pouca gordura. Eles acompanharam os participantes durante aproximadamente 4 anos em média, e não interviram para aumentar a quantidade de exercícios ou limitar o número de calorias.
Em comparação ao grupo controle e após adequar fatores relacionados à saúde e socioeconômicos, o risco de ter diabetes foi 40% menor para o grupo que ingeriu mais azeite e 18% inferior para grupo ingeriu mais frutas oleaginosas.
"Os pontos fortes de nosso estudo são o grande número de participantes, o longo tempo de acompanhamento e o formato aleatório", afirmou Ramón Estruch, autor do estudo e professor adjunto de Medicina da Universidade de Barcelona. "A dieta funciona sem levarmos em conta a quantidade de atividade física ou as alterações de peso, que foram significativas nos grupos."
Alguns mitos e verdades sobre o diabetes:
Atividade física ajuda quem tem diabetes. VERDADE: durante os exercícios, o corpo usa a glicose como fonte de energia, ou seja, a atividade física tem um papel semelhante ao da insulina. Outra vantagem é que exercícios regulares levam à perda de peso, o que ajuda a melhorar o controle do diabetes. "A atividade física ainda contrabalança o estresse, um fator que agrava o quadro de diabetes", diz a endocrinologista Denise Franco
O estresse piora o diabetes. VERDADE: fatores de estresse podem, sim, piorar o quadro de diabetes quando já existe o problema, mas isso não significa que o estresse cause o diabetes. "O nível de açúcar sobe quando as pessoas ficam nervosas, assim como a adrenalina e o cortisol. Quando o pâncreas está comprometido, ele não aguenta essa elevação", explica a endocrinologista Denise Franco. Segundo ela, o estresse tem o potencial de desbalancear os sistemas endócrino, imunológico e neurológico.
Diabéticos podem comer produtos diet à vontade. MITO: "Ninguém pode comer nada à vontade", alerta a endocrinologista Denise Franco, diretora da Associação Diabetes Brasil. "Muitas vezes a gente nem recomenda o produto diet, como um chocolate, porque ele tem mais gordura, o que também faz mal", diz. Já um doce de frutas com adoçante costuma ser uma boa opção de sobremesa diet.
Diabetes tipo 2 só aparece em adultos. MITO: até pouco tempo atrás, o aparecimento do diabetes tipo 2 (que está ligado ao sedentarismo e hábitos alimentares poucos saudáveis) era registrado em adultos, sobretudo a partir dos 40 anos. Mas hoje está cada dia mais comum também em adolescentes e crianças. "Até 15 anos atrás, a gente definia que o diabetes da criança era a tipo 1. Agora, isso não é mais verdade", afirma a endocrinologista Denise Franco.
Cirurgias de redução de estômago/intestino curam o diabetes. MITO: embora a maioria das pessoas que passa por essas cirurgias registre melhora nos níveis de glicemia, se voltar a engordar, a doença retorna. "Por enquanto, o diabetes não tem cura. A pessoa vai ter de se preocupar sempre em manter a doença controlada", informa a endocrinologista Denise Franco. As cirurgias bariátricas também não ajudam pessoas cujo pâncreas já foi danificado e não produz mais insulina.
Diabetes é genética. PARCIALMENTE VERDADE: no diabetes do tipo 1 há um forte componente genético, explica o endocrinologista Felipe Gaia. Filhos de uma mãe ou pai diabéticos têm 10% de chances de também desenvolverem a doença. Quando se trata do tipo 2, há uma série de causas, entre elas o fator genético, que deixa a pessoa mais propensa a ficar diabética. "Mas quem se cuida, se alimenta bem e faz exercícios, tem uma relativa proteção", garante o médico.
Diabetes, na fase inicial, não provoca sintomas. VERDADE: na fase inicial da doença, o único indicativo é mesmo o exame de sangue. "Diferentemente de outras doenças, o diabetes não provoca dor. Até chegar às complicações severas, o paciente pode levar 10, 15 anos", afirma o endocrinologista Felipe Gaia. Por isso, é importante que os pacientes sejam bem orientados pelos médicos, para que não fiquem relapsos com o tratamento.
Diabetes é uma doença crônica que não mata. MITO: embora atualmente os tratamentos médicos evitem as mortes por coma diabético, a doença afeta diversas funções do organismo que colocam a vida em risco. Ou seja, ela mata, mas de forma indireta. "Um diabético tem seis vezes mais chances de ter infartos e derrames, assim como tem mais câncer. Outra causa secundária de morte são as complicações renais", diz o endocrinologista Felipe Gaia
The New York Times 20/01/2014
Mais notícias boas sobre a dieta mediterrânea. Aderir a uma dieta tipo mediterrânea pode ajudar a reduzir o risco de contrair diabetes tipo 2, mesmo quando as pessoas não perdem peso nem aumentam a quantidade de exercícios.
A dieta mediterrânea é rica em azeite de oliva, frutas oleaginosas, peixes, feijão, frutas, legumes, hortaliças, poucos laticínios e consumo moderado de bebidas alcoólicas.
Publicado no periódico Annals of Internal Medicine, o estudo dividiu de forma aleatória 3.541 participantes de 55 a 80 e ambos os sexos em três grupos. Um dos grupos realizou uma dieta mediterrânea com a inclusão de ao menos 59 mililitros de azeite de oliva extravirgem, outro grupo realizou uma dieta mediterrânea que incluía ao menos 28 gramas de frutas oleaginosas variadas ao dia e o grupo de controle foi aconselhado a adotar uma dieta com pouca gordura. Eles acompanharam os participantes durante aproximadamente 4 anos em média, e não interviram para aumentar a quantidade de exercícios ou limitar o número de calorias.
Em comparação ao grupo controle e após adequar fatores relacionados à saúde e socioeconômicos, o risco de ter diabetes foi 40% menor para o grupo que ingeriu mais azeite e 18% inferior para grupo ingeriu mais frutas oleaginosas.
"Os pontos fortes de nosso estudo são o grande número de participantes, o longo tempo de acompanhamento e o formato aleatório", afirmou Ramón Estruch, autor do estudo e professor adjunto de Medicina da Universidade de Barcelona. "A dieta funciona sem levarmos em conta a quantidade de atividade física ou as alterações de peso, que foram significativas nos grupos."
Alguns mitos e verdades sobre o diabetes:
Atividade física ajuda quem tem diabetes. VERDADE: durante os exercícios, o corpo usa a glicose como fonte de energia, ou seja, a atividade física tem um papel semelhante ao da insulina. Outra vantagem é que exercícios regulares levam à perda de peso, o que ajuda a melhorar o controle do diabetes. "A atividade física ainda contrabalança o estresse, um fator que agrava o quadro de diabetes", diz a endocrinologista Denise Franco.
O estresse piora o diabetes. VERDADE: fatores de estresse podem, sim, piorar o quadro de diabetes quando já existe o problema, mas isso não significa que o estresse cause o diabetes. "O nível de açúcar sobe quando as pessoas ficam nervosas, assim como a adrenalina e o cortisol. Quando o pâncreas está comprometido, ele não aguenta essa elevação", explica a endocrinologista Denise Franco. Segundo ela, o estresse tem o potencial de desbalancear os sistemas endócrino, imunológico e neurológico.
Diabéticos podem comer produtos diet à vontade. MITO: "Ninguém pode comer nada à vontade", alerta a endocrinologista Denise Franco, diretora da Associação Diabetes Brasil. "Muitas vezes a gente nem recomenda o produto diet, como um chocolate, porque ele tem mais gordura, o que também faz mal", diz. Já um doce de frutas com adoçante costuma ser uma boa opção de sobremesa diet.
Diabetes tipo 2 só aparece em adultos. MITO: até pouco tempo atrás, o aparecimento do diabetes tipo 2 (que está ligado ao sedentarismo e hábitos alimentares poucos saudáveis) era registrado em adultos, sobretudo a partir dos 40 anos. Mas hoje está cada dia mais comum também em adolescentes e crianças. "Até 15 anos atrás, a gente definia que o diabetes da criança era a tipo 1. Agora, isso não é mais verdade", afirma a endocrinologista Denise Franco.
Cirurgias de redução de estômago/intestino curam o diabetes. MITO: embora a maioria das pessoas que passa por essas cirurgias registre melhora nos níveis de glicemia, se voltar a engordar, a doença retorna. "Por enquanto, o diabetes não tem cura. A pessoa vai ter de se preocupar sempre em manter a doença controlada", informa a endocrinologista Denise Franco. As cirurgias bariátricas também não ajudam pessoas cujo pâncreas já foi danificado e não produz mais insulina.
Diabetes é genética. PARCIALMENTE VERDADE: no diabetes do tipo 1 há um forte componente genético, explica o endocrinologista Felipe Gaia. Filhos de uma mãe ou pai diabéticos têm 10% de chances de também desenvolverem a doença. Quando se trata do tipo 2, há uma série de causas, entre elas o fator genético, que deixa a pessoa mais propensa a ficar diabética. "Mas quem se cuida, se alimenta bem e faz exercícios, tem uma relativa proteção", garante o médico.
Diabetes, na fase inicial, não provoca sintomas. VERDADE: na fase inicial da doença, o único indicativo é mesmo o exame de sangue. "Diferentemente de outras doenças, o diabetes não provoca dor. Até chegar às complicações severas, o paciente pode levar 10, 15 anos", afirma o endocrinologista Felipe Gaia. Por isso, é importante que os pacientes sejam bem orientados pelos médicos, para que não fiquem relapsos com o tratamento.
Diabetes é uma doença crônica que não mata. MITO: embora atualmente os tratamentos médicos evitem as mortes por coma diabético, a doença afeta diversas funções do organismo que colocam a vida em risco. Ou seja, ela mata, mas de forma indireta. "Um diabético tem seis vezes mais chances de ter infartos e derrames, assim como tem mais câncer. Outra causa secundária de morte são as complicações renais", diz o endocrinologista Felipe Gaia.
Fonte: UOL Notícias Saúde
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