A interação entre homem e animal ocorre desde a pré-história, como já vimos em registros desenhados em cavernas . Essa relação tornou-se mais próxima a partir do momento em que  o homem deixou de ser nômade e iniciou o  processo de domesticação animal, tornando-o parte de seus hábitos e cultura. A partir de então, o homem vem relacionando-se, até os dias atuais, nas mais variadas condições: na área do lazer; como instrumento de guarda; atos ritualísticos; terapias psicológicas; nas experimentações científicas e como fonte nutricional. Chieppa (2002) descreve a evolução dessa relação milenar em três fases: Concepção arcaica do animal; Concepção econômico-funcional do animal; Concepção ética do animal. 
Na primeira fase, essa ligação poderia ser definida como mágica totêmica, o animal, portanto,era visto como uma entidade divina.  No Egito Antigo, por exemplo, o gato era considerado uma espécie sagrada e na atualidade esse tipo de interação ainda perdura, quando entre os hindus ainda ocorre a veneração do bovino como elemento sagrado. 
A segunda fase é caracterizada pelo conceito do homem dominante: A Natureza é constituída por elementos a serviço das necessidades materiais do ser humano. Podemos perceber essa relação na exploração econômico-financeira dos animais na produção de carne, leite, lã, pele, ovos e força de trabalho.
A Concepção ética do animal é uma visão que se fortaleceu devido ao progresso de ramos como a biologia, etologia e medicina veterinária. O “ser não humano” começa a não ser mais enxergado como apenas um mero objeto a serviço do homem e, por isso, nesse momento, criam-se, em todo o mundo, principalmente nos países mais desenvolvidos, uma legislação de tutela dos animais.
Atualmente, ter um bicho de estimação pode não ser apenas uma questão de lazer ou de companhia. A medicina está descobrindo que eles também podem ser benéficos para a saúde humana. Estudos do American Journal of Cardiology mostram que pessoas, ao interagirem com animais, constantemente tendem a apresentar níveis controlados de estresse e de pressão arterial, além de estarem menos propensas a desenvolver problemas cardíacos (Vicária, 2003:91). Em termos psicológicos, os cães, através de sua pureza e espontaneidade instintiva, resgatam a criança interior da pessoa e aumentam a capacidade de amar da mesma, conforme aponta Kassis (2002:24-25).
 
Berzins (2000:61) observa que estudos efetuados nos Estados Unidos e na Europa apontam para uma redução do tempo de recuperação das doenças e uma maior sobrevida aos indivíduos que possuem animais de estimação e que foram acometidos por cardiopatia isquêmica. Percebe-se que, nessas situações, a presença do animal resultou na redução da ansiedade, diminuição de depressão, uma vez que os animais incentivam a atividade física, tanto para levá-los aos passeios como para a realização dos cuidados diários.
 
Interessante notar que, durante a internação, os pacientes demonstram desejos de melhorar rapidamente para cuidar de seus animais. Conclui-se então que os animais podem atuar como suporte emocional, representando um apoio para confiar e falar. Em outras palavras, como o animal não fala, ele passa a ser cúmplice do que os outros lhe contam (Berzins, 2000:63).
 
Em se tratando de cães, essa interação é favorecida, sobretudo, quando eles são utilizados nas terapias para equilibrar emoções, conforme aponta Fenuccio (apud Vicaria, 2003:91) que venceu a depressão com a ajuda de um vira-lata de 04 anos: “ele é ótimo, entende que às vezes não estou bem e nem por isso me abandona”.
 
Estudos desenvolvidos na área de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), em Botucatu, evidenciam que o contato com animais melhora os batimentos cardíacos dos idosos, além do estímulo emocional resultante da troca de carinhos.
 
Escolher conviver com um animal é, antes de mais nada, ter sob sua responsabilidade uma vida. E o caminho para ambos, animal e humano, usufruírem dessa relação com intensidade é o amor. Primeiramente, o proprietário aceitando o amor incondicional que o animallhe oferece. E, da mesma forma que ele dedica ao tutor seu amor sem limites, o proprietário deve estar preparado para oferecer amor incondicional a ele também. O contato amoroso, leal e sincero permite que os benefícios fluam entre os dois.
A consequência de amar profundamente seu animal de estimação é tratá-lo com respeito, cuidar dele responsavelmente, no âmbito de sua própria espécie e, principalmente, jamais abandoná-lo sob nenhuma circunstância – ampará-lo na doença e na velhice.
Caso você esteja preparado para essa grande experiência, poderá começar visitando as feiras de adoção!
Por: Eliza Tomoe Harada

 A interação entre homem e animal ocorre desde a pré-história, como já vimos em registros desenhados em cavernas . Essa relação tornou-se mais próxima a partir do momento em que  o homem deixou de ser nômade e iniciou o  processo de domesticação animal, tornando-o parte de seus hábitos e cultura. A partir de então, o homem vem relacionando-se, até os dias atuais, nas mais variadas condições: na área do lazer; como instrumento de guarda; atos ritualísticos; terapias psicológicas; nas experimentações científicas e como fonte nutricional. Chieppa (2002) descreve a evolução dessa relação milenar em três fases: Concepção arcaica do animal; Concepção econômico-funcional do animal; Concepção ética do animal. 

Na primeira fase, essa ligação poderia ser definida como mágica totêmica. O animal era visto como uma entidade divina.  No Egito Antigo, por exemplo, o gato era considerado uma espécie sagrada e na atualidade esse tipo de interação ainda perdura entre os hindus, com a veneração do bovino como elemento sagrado. 

A segunda fase é caracterizada pelo conceito do homem dominante: A Natureza é constituída por elementos a serviço das necessidades materiais do ser humano. Podemos perceber essa relação na exploração econômico-financeira dos animais na produção de carne, leite, lã, pele, ovos e força de trabalho.

A Concepção ética do animal é uma visão que se fortaleceu devido ao progresso de ramos como a biologia, etologia e medicina veterinária. O “ser não humano” começa a não ser mais enxergado como apenas um mero objeto a serviço do homem e, por isso, nesse momento, criam-se, em todo o mundo, principalmente nos países mais desenvolvidos, uma legislação de tutela dos animais.

Atualmente, ter um bicho de estimação pode não ser apenas uma questão de lazer ou de companhia. A medicina está descobrindo que eles também podem ser benéficos para a saúde humana. Estudos do American Journal of Cardiology mostram que pessoas, ao interagirem com animais, constantemente tendem a apresentar níveis controlados de estresse e de pressão arterial, além de estarem menos propensas a desenvolver problemas cardíacos (Vicária, 2003:91). Em termos psicológicos, os cães, através de sua pureza e espontaneidade instintiva, resgatam a criança interior da pessoa e aumentam a capacidade de amar da mesma, conforme aponta Kassis (2002:24-25). 

Berzins (2000:61) observa que estudos efetuados nos Estados Unidos e na Europa apontam para uma redução do tempo de recuperação das doenças e uma maior sobrevida aos indivíduos que possuem animais de estimação e que foram acometidos por cardiopatia isquêmica.

Percebe-se que, nessas situações, a presença do animal resultou na redução da ansiedade, diminuição de depressão, uma vez que os animais incentivam a atividade física, tanto para levá-los aos passeios como para a realização dos cuidados diários. Interessante notar que, durante a internação, os pacientes demonstram desejos de melhorar rapidamente para cuidar de seus animais. Conclui-se então que os animais podem atuar como suporte emocional, representando um apoio para confiar e falar. Em outras palavras, como o animal não fala, ele passa a ser cúmplice do que os outros lhe contam (Berzins, 2000:63). 

Em se tratando de cães, essa interação é favorecida, sobretudo, quando eles são utilizados nas terapias para equilibrar emoções, conforme aponta Fenuccio (apud Vicaria, 2003:91) que venceu a depressão com a ajuda de um vira-lata de 04 anos: “ele é ótimo, entende que às vezes não estou bem e nem por isso me abandona”. 

Estudos desenvolvidos na área de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), em Botucatu, evidenciam que o contato com animais melhora os batimentos cardíacos dos idosos, além do estímulo emocional resultante da troca de carinhos.

 Escolher conviver com um animal é, antes de mais nada, ter sob sua responsabilidade uma vida. E o caminho para ambos, animal e humano, usufruírem dessa relação com intensidade é o amor. Primeiramente, o proprietário aceitando o amor incondicional que o animal lhe oferece. E, da mesma forma que ele dedica ao tutor seu amor sem limites, o proprietário deve estar preparado para oferecer amor incondicional a ele também. O contato amoroso, leal e sincero permite que os benefícios fluam entre os dois.

A consequência de amar profundamente seu animal de estimação é tratá-lo com respeito, cuidar dele responsavelmente, no âmbito de sua própria espécie e, principalmente, jamais abandoná-lo sob nenhuma circunstância – ampará-lo na doença e na velhice.

Caso você esteja preparado para essa grande experiência, poderá começar visitando as feiras de adoção!


Por: Eliza Tomoe Harada

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