A Gordura no Fígado é silenciosa e perigosa, pois pode evoluir para quadros mais graves se não for tratada — como cirrose e câncer no fígado. Tem cura? É possível prevenir? Quais são os sintomas? Neste informativo, vamos entender todos esses detalhes da esteatose hepática e daremos dicas especiais de cuidado. Vamos lá?
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Quando falamos de gordura corporal, logo vem à mente aquelas questões estéticas como uma barriga saliente, uma papada vantajosa ou aquela "pelanca do tchauzinho" no braço. Ou, ainda, problemas relacionados à saúde do coração, como colesterol alto, hipertensão, AVC ou infarto. Mas existe um problema muito comum na população que está relacionado ao excesso de gordura no segundo maior órgão interno do corpo humano: o fígado. Já ouviu falar em fígado gordo?
Esse é um dos nomes populares da gordura no fígado, tecnicamente chamada de esteatose hepática.
Neste texto, vamos te contar alguns cuidados simples e naturais para prevenir ou eliminar a gordura no fígado. Vamos aprender a manter o fígado saudável juntos!
- Entre 25% e 30% da população brasileira possui gordura no fígado.
- A gordura no fígado, ou esteatose hepática, aumenta o risco de desenvolvimento de diabetes em 30%.
- Existe gordura naturalmente no fígado, mas se passa do índice de 5% de gordura, se torna a ser um problema.
- O quadro é reversível.
- Mas se o fígado com gordura não for tratado, pode levar à óbito.
O que é gordura no fígado?
Como já dissemos, o fígado é o segundo maior órgão (e maior glândula) do nosso corpo, localizado no lado direito do abdome. Tem papel fundamental na digestão de nutrientes, produção de substâncias e eliminação daquelas indesejadas.
Dentre algumas funções do fígado, estão:
- Secretar bile, auxiliando na digestão de lipídios (gorduras).
- Armazenar glicose na forma de glicogênio, ajudando no equilíbrio energético do organismo.
- Produzir proteínas que participam da coagulação do sangue.
- Desintoxicar o organismo, transformando hormônios ou medicamentos em substâncias que podem ser eliminadas pelos rins ou pela bile.
- Sintetizar colesterol, que depois é excretado pela bile.
- Transformar amônia em ureia.
Existe gordura no órgão naturalmente, mas se o índice ultrapassa 5%, é considerada uma condição chamada "esteatose hepática" ou, popularmente, Gordura no Fígado e Fígado Gordo. A gordura acumula-se neste órgão por diversos fatores que veremos abaixo.
E como o fígado fica gordo?
A esteatose hepática acontece quando o fígado começa a acumular muita gordura em suas células. Até os anos 1980, achava-se que essa doença era causada apenas pelo consumo de álcool. De fato, o abuso desse tipo de substância pode causar a chamada doença gordurosa alcoólica do fígado. Mas hoje já sabemos que há outras causas também comuns para o que é conhecido como doença gordurosa não alcoólica do fígado.
Algumas causas da gordura no fígado são:
- hepatites virais;
- diabetes;
- sobrepeso ou obesidade;
- colesterol ou triglicérides elevados;
- uso frequente de medicamentos como corticoides.
Uma pessoa pode ter gordura no fígado por muitos anos sem sintomas e muitas vezes só descobre com exames de sangue. Essa falta de controle da doença pode levar a um caso mais grave quando descoberta tarde demais, já que raramente causa dor. Quando não é controlada, ela pode evoluir para uma esteato-hepatite, na qual ocorre inflamação e morte das células. Assim, o paciente fica mais predisposto a desenvolver cirrose e câncer no fígado ao longo dos anos.
Sintomas ou sinais de Gordura no Fígado
A esteatose hepática dificilmente apresenta sintomas nas fases mais leves, o que gera certa preocupação — pois sintomas são alertas do nosso corpo quando algo não vai muito bem. Os sintomas da esteatose hepática costumam aparecer quando a condição avançou. Alguns sintomas incluem:
- Dor e/ou desconforto no abdômen
- Sensação de fraqueza
- Perda de apetite
- Enxaqueca
- Relativo inchaço no abdômen (barriga inchada)
- Icterícia (quando mais grave)
É possível notar que muitos desses sintomas também podem ser associados ou confundidos com outras condições de saúde e podem ser deixados de lado pelo paciente. E apesar de ser muito comum ouvirmos falar que esteatose hepática causa boca amarga, essa relação não é direta e não é listada como um dos principais sintomas. O que causa essa sensação de amargor pode ser um conjunto de fatores também associados ao acúmulode gordura no fígado, como uso de medicamentos e consumo de alimentos gordurosos, que propiciam refluxo.
Também é incerto falar que ela aumenta a pressão arterial: pacientes com gordura no fígado frequentemente tem alterações na pressão arterial, mas isso pode ser tanto uma condição prévia quanto consequência da esteatose. Sempre cuide da sua saúde e investigue sintomas com profissionais.
Existem fatores de risco que você pode ficar de olho:
- Obesidade
- Sedentarismo
- Consumo de álcool (mesmo que não for regular, se for combinado com outros fatores, contribui para acúmulo de gordura no fígado)
- Ascendência oriental e/ou hispânica tem chances de desenvolver gordura no fígado (as razões ainda são estudadas pela Medicina)
- Síndrome do ovário policístico
- Hipotireoidismo
- Apneia do sono
- Acúmulo de gordura abdominal
- Colesterol e triglicérides
Abaixo, é possível ver os estágios de dano no fígado:
Diagnóstico de Gordura no Fígado
Se você se identificou em algum dos fatores de risco ou sintomas, avalie como está sua saúde com profissionais da saúde. É fundamental que pacientes sejam transparentes ao relatar o próprio estilo de vida, justamente para conduzir o atendimento médico de forma mais segura. Em um primeiro momento, é possível buscar clínicos gerais; mas se for necessário, é possível consultar hepatologistas.
Exames comumente solicitados são:
- Exame de sangue
- Ultrassonografias
- Biópsia de fígado
Os exames de sangue avaliam algumas anormalidades hepáticas, enquanto exames de imagem podem complementar o diagnóstico de maneira mais precisa — detectando a gordura no fígado. Exames como elastografias por ressonância magnética ou ultrassom podem ainda conferir a presença ou não de tecido cicatricial no fígado e cirrose.
A biópsia, por ser mais invasiva, não é indicada em todos os casos, apesar de ser o teste mais preciso. Caso a recomendação médica seja esta, não tenha medo! É aplicado um anestésico para que pacientes não sintam dores, aliviando o desconforto durante o exame. Ele funciona assim: uma agulha longa é inserida da pele até o fígado, para coletar uma pequena amostra do tecido desse órgão. Assim, o exame pode conferir a gravidade da lesão hepática, as causas... Tudo para que seu tratamento seja mais específico e efetivo.
Confira a seguir 4 opções naturais contra gordura no fígado
A boa notícia é que é possível reverter ou controlar a gordura no fígado antes de evoluir para uma situação mais grave. E, melhor ainda, é possível fazer isso com vários tipos de remédio natural para gordura no fígado e mudanças no estilo de vida. Confira a lista abaixo com opções de como tratar a gordura no fígado:
1- Ervas para proteger e desintoxicar o fígado
Cardo Mariano (Silimarina)
Talvez você já tenha ouvido falar da planta Cardo Mariano. A silimarina é o princípio ativo extraído do fruto do cardo mariano. E, para simplificar, muitas vezes as pessoas usam seus nomes de forma intercambiável.
O que importa é que a silimarina tem uma alta atividade anti-hepatotóxica, ajudando a proteger o fígado e a desintoxicá-lo. E seus benefícios podem ser obtidos em forma de cápsulas, tintura ou chá. (Ver produto)
Eclipta Alba
Essa é outra planta que pode auxiliar muito na desintoxicação do fígado e em casos de cirrose e hepatite.
Existem relatos de pessoas que contaram com sua atividade hepatoprotetora durante tratamentos quimioterápicos. Com o uso dessa erva medicinal, os pacientes disseram não ter sentido mal-estar e desconforto gástrico mesmo com a agressividade dos medicamentos químicos que estavam tomando. (Ver produto)
Picão Preto
O picão também é uma erva com propriedades hepatoprotetoras que podem auxiliar no tratamento da esteatose hepática. Seus benefícios para a saúde do fígado é tal que a Anvisa recomenda seu uso medicinal no tratamento de icterícia e úlceras. Mas a planta possui ainda diversos benefícios para auxiliar em outras doenças. (Ver produto)
2- Suplementos naturais para controlar o colesterol
O colesterol é um tipo de gordura muito importante para o funcionamento das células. Porém, quando em excesso no organismo, se torna uma causa comum da gordura no fígado. Por isso, controlar o colesterol contribui para a saúde desse órgão. Para tanto, existem algumas plantas e suplementos que agem especificamente sobre essa gordura.
Alcachofra
Essa planta, que também é um prato delicioso e exótico na culinária, é conhecida por sua ação protetora no fígado, auxiliando no controle do colesterol e da triglicérides. A alcachofra também é usada como desintoxicante em casos de indigestão ou no mal-estar causado por alta ingestão de álcool. (Ver produto)
Berinjela
A berinjela é outro famoso alimento que ajuda a reduzir as taxas de colesterol no sangue. Existem diversas formas de consumir a berinjela, inclusive em receitas líquidas que podem ser encontradas na internet.
Mas é possível também obter seus benefícios de forma prática em forma de cápsulas, pois são feitas em uma dosagem adequada para ser tomada diariamente com base no caso do paciente. Além disso, na forma de cápsula ela pode ser associada à alcachofra, potencializando a ação das duas plantas. (Ver produto)
Ômega 3
Parece contraditório, mas o Ômega 3, uma gordura saudável, também ajuda a reduzir as taxas de colesterol no sangue, consequentemente auxiliando no tratamento da gordura no fígado. Ele também favorece o aumento do colesterol bom (HDL) no organismo.
O ômega 3 evita que as gorduras ruins se fixem nos vasos sanguíneos, evitando entupimentos que podem resultar em acidentes cardiovasculares. (Ver produto)
3- Chás para o fígado
Algumas plantas já são bem populares quando há algum problema de fígado. Suas ações terapêuticas ajudam em casos de indigestão e outros problemas gástricos que podem estar relacionados a esse órgão.
Essas "ervas para limpar o fígado" são famosas por seus chás e a vantagem nesse caso é que muitas vezes trazem um alívio quase que instantâneo para a sensação de mal-estar. Porém, quem quer usar essas plantas de forma contínua num tratamento mais longo e contínuo, é possível consumi-las em cápsulas ou tintura.
Chá de carqueja
O chá de carqueja é uma salvação instantânea quando exageramos na comida ou no álcool. Mas ela também é indicada para outros problemas no fígado e na vesícula biliar.
Além disso, tem ação diurética e pode ser usada em regimes de emagrecimento, o que ajuda muito para quem tem gordura no fígado decorrente de sobrepeso ou obesidade. (Ver produto)
Chá de dente de leão
O dente de leão é uma planta que estimula a digestão, serve como desintoxicante e depurativo. É muito usado em casos de hepatite e também para corrigir a hipoacidez gástrica. Seus efeitos secundários também o tornam um bom coadjuvante no tratamento da obesidade, ácido úrico e colesterol elevado. (Ver produto)
Chá de boldo do Chile
Quem já tomou torce o nariz quando ouve ou lê esse nome. Mas sempre que precisamos, o jeito é tapar o nariz e colocar o chá de boldo pra dentro. Essa erva de gosto amargo e marcante ajuda a desintoxicar o fígado e promove sua proteção. (Ver produto)
4- Mudanças no estilo de vida
Alimentação
É claro que para ter bons resultados no tratamento da gordura no fígado é necessário fazer mudanças na alimentação. Se você tem dúvidas sobre o que comer nessa situação, entenda que é recomendável evitar o consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras saturadas (como frituras), carboidratos refinados, carnes vermelhas, laticínios, alimentos industrializados e em conserva, além de outros que são maléficos para a saúde do órgão.
"Ah, mas eu ouvi falar que frutose faz mal para o fígado! Não posso comer frutas?"
Calma. Muitas pesquisas necessárias e válidas, sejam dentro da Medicina ou não, são comumente veiculadas através de manchetes alarmantes e muitas vezes, as pessoas não se dão ao trabalho de ler o restante da notícia ou pesquisar mais informações. Se você se lembra de ler ou ouvir alguém falar sobre a relação entre frutose e esteatose hepática, saiba que a pesquisa desenvolvida pela FMUSP se refere à frutose industrializada, encontrada em alimentos ultraprocessados.
Portanto, o consumo de frutas não é responsável pelo desenvolvimento de esteatose hepática, mesmo que a frutose seja um tipo de açúcar. As frutas tem inúmeras qualidades como fibras, vitaminas e minerais que trazem muita saúde. A quantidade de frutose em frutas e em, por exemplo, um sorvete industrializado sabor fruta é bem diferente — lembrando também que pouco da frutose das frutas realmente chega ao fígado pelo sangue.
Se você tem orientações médicas para moderar o consumo de frutas devido alguma condição metabólica, como a diabetes, faz sentido ponderar a ingestão desses alimentos tão preciosos da sua dieta. Afinal, o índice glicêmico pode variar de acordo com a fruta. Por exemplo, a laranja é uma fruta excelente, mas em sucos pode oferecer mais açúcar — então diabéticos e pessoas com dietas com restrição calórica devem moderar e equilibrar o consumo.
Busque o auxílio de nutricionistas, nutrólogos e demais profissionais da saúde para cuidar de você!
Atividade física
Uma rotina constante de exercícios ajuda a controlar e até acabar com a gordura no fígado. Principalmente, porque uma das causas mais comuns da esteatose hepática é o sobrepeso e a obesidade.
Os exercícios (junto com uma alimentação balanceada) ajudam no emagrecimento e redução da gordura corporal e, no longo prazo, evitam o acúmulo de gordura no fígado.
Consumo de álcool
Quando a esteatose hepática é causada pelo abuso de álcool, o paciente precisa cortar seu consumo por completo. Mas, quando a causa é outra, o álcool pode piorar o quadro de gordura no fígado, por isso é importante beber com moderação e, em alguns casos, não beber. Pode ser difícil não beber, principalmente em celebrações, mas é perigoso não cuidar da esteatose hepática, principalmente em graus mais avançados. Cuide-se sempre!
Medicamentos
O fígado é responsável por metabolizar os medicamentos que tomamos e não é incomum a automedicação em casa. É importante ficar atento e largar esse hábito que pode sobrecarregar o fígado e ter consequências ruins no longo prazo.
Medicamentos naturais a base de plantas também têm efeitos colaterais, porém costumam ser mais leves que os dos remédios tradicionais. De qualquer forma, você sempre pode contar com a orientação gratuita de um fitoterapeuta da Oficina de Ervas sobre qual fitoterápico é melhor para seu caso.
Como vai seu fígado?
O sedentarismo e as mudanças na alimentação desencadeadas pela pandemia do Novo Coronavírus podem ter tido algum efeito no fígado de muita gente. Daí a importância de se manter um estilo de vida saudável e fazer os exames e acompanhamento médicos anuais.
A maioria dos casos de esteatose hepática não apresenta sintomas, mas algumas pessoas podem sentir mal-estar, fadiga e desconforto abdominal. Só um médico poderá avaliar como está a saúde do seu fígado por meio de exames clínicos e de sangue, imagem, etc.
Para quem já sofre desse mal, é importante controlar e tentar regredir a doença o quanto antes. E, para quem não tem o fígado gordo, vale aproveitar as dicas acima para se prevenir e se manter sempre saudável.
Esperamos que tenha gostado deste informativo e que as dicas sejam úteis para você. Em caso de dúvidas, conte sempre com a equipe da Oficina de Ervas para te ajudar.
Você pode falar com um fitoterapeuta, clicando aqui.
REFERÊNCIAS
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/e/esteatose-hepatica/sintomas
https://hospitalbrasilia.com.br/pt/sobre-nos/blog/figado-a-maior-glandula-do-organismo
https://www.nhs.uk/translationportuguese/documents/cholesterol_portuguese_final.pdf
https://www.ufrgs.br/lacvet/site/wp-content/uploads/2013/10/colesterolJuliana.pdf
https://nefroclinicas.com.br/o-que-e-ureia/
https://sbhepatologia.org.br/imprensa/esteatose-hepatica/
https://www.liver.ca/patients-caregivers/liver-diseases/fatty-liver-disease/
https://www.bbc.com/portuguese/geral-59821089
https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/gordura-no-figado
https://hepato.com/2010/02/22/os-beneficios-e-perigos-das-vitaminas-nas-doencas-do-figado/
https://www.rodrigopaez.com.br/publicacoes/gordura-no-figado-pode-causar-hipertensao-e-diabetes/