Feno Grego
Erva anual, de caules eretos e estriados, que pode chegar a medir até 80 centímetros de altura, muito ramosa, possuindo folhas alternas, compostas de três folíolos oblongos, denteados na parte superior, glabros, verdes na página superior e mais pálidos na inferior; suas folhas são sésseis, de cor amarelo-pálida ou brancacentas, solitárias ou geminadas nas axilas das folhas; o fruto é uma vagem séssil, lineararqueada, achatada, de 6 a 9 centímetros de comprimento, com nervuras longitudinais, que contêm as sementes ovóides, as quais constituem a droga vegetal, amareladas, poliédricas e transversalmente reticuladas. Toda a planta exala um odor característico (Corrêa, 1984).
Seu habitat natural é bem vasto: compreende parte da Índia, Ásia Menor, região da Mesopotâmia e sul da Europa (Grécia). Nestas regiões foi muito utilizada na Antiguidade pelos egípcios, romanos e gregos, principalmente como alimento para os doentes. Ainda no antigo Egito, as mulheres cozinhavam o Feno Grego em leite, dando maciez e frescor à pele quando friccionada (Corrêa, 1984).
Nome Científico: Trigonella foenum-graecum L (Soares, 2000).
Nome Popular: Feno Grego, no Brasil; Alforvas, em Portugal; Alholva, em espanhol; Fenu Grec, na França; Fenu Greeck, em inglês; Fieno Greco, na Itália; Helbeh, em árabe; Hornklee, na Alemanha; Mentooloo e Menthee Seed, na Índia (Soares, 2000).
Denominação Homeopática: FOENUM GRAECUM
Família Botânica: Fabaceae-Faboideae
Parte Utilizada: Semente
Princípios Ativos: Mucilagens; Proteínas; Compostos Fosforados: lecitina, fitina, o alcalóide: trigonelina e colina; Saponinas: diosgenina e fenugrequina; Fitosteróis: colesterol e sitosterol; Flavonóides: vitexina, saponaretina e homoorientina; Ácidos Graxos Insaturados: oléico, linolêico e palmítico; traços de Cumarinas, abundante em Sais de Ferro e Manganês; Vitamina A; iacina; Tiamina e Riboflavina; traços de Óleo Essencial: rico em anetol; Celulose (PR, 1998).
Indicações e Ações Farmacológicas: O Feno Grego é indicado nas anemias, na perda de peso, nas dispepsias hiposecretoras, na obstrução intestinal, na gastrite e na diabete.
Topicamente é usada na acne, nas faringites, nos eczemas, nos furúnculos, vulvovaginite, abscessos (PR, 1998).
Apresenta ação emoliente pela presença de mucilagens dentre seus constituintes.
Aumenta o apetite e é indicado como coadjuvante em tratamentos onde queira o aumento de peso do paciente. É digestivo, antianêmico, hipoglicemiante suave, hepatoprotetor, antiinflamatório e anti-séptico (PR, 1998).
Toxicidade/Contra-indicações: Devido à droga reduzir a absorção intestinal dos glicídios, é necessário que haja um controle da glicemia e as doses de insulina nos pacientes com diabete insulinodependentes (PR, 1998).
É contra-indicado o uso na gravidez, devido à presença de cumarinas e alcalóides, por promoverem um possível efeito abortivo e para lactantes, pois os princípios amargos contidos na droga passam para o leite materno (PR, 1998).
Dosagem e Modo de Usar:
Uso Interno:
- Extrato Seco (5:1): 150-300 mg/dia (PR, 1998);
- Extrato Fluido (1:1): 30-60 gotas, duas vezes ao dia (PR, 1998);
- Tintura (1:10): 50-100 gotas, uma a três vezes ao dia (PR, 1998);
- Pó: Em cápsulas de 500 mg antes das refeições (PR, 1998);
- Decocção: tomar pela manha em semanas alternadas (PR, 1998).
Uso Tópico:
- Decocção: em compressas, gargarejos, colutórios, irritações vaginais (PR, 1998).
Referências Bibliográficas:
CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984.
PR Vademecum de Precripción de Plantas Medicinales. CD-ROM. 3ª edição.
1998.
SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.
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